domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ensinando os Pequenos e Aprendendo, Estamos Juntos!


Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele. Instruir as crianças segundo os objetivos que se tem para elas é um dever de todo aquele a quem Deus permitiu aprender. Seres humanos que somos aprendemos muitas coisas e continuamos aprendendo sempre.

Isso, claro, de modo algum significa que quem ensina se torna responsável pelas escolhas finais de seus pupilos. Cada ser humano faz, no devido tempo, as suas próprias escolhas, sobre as quais não temos poder maior do que aquilo que já fizemos: ensinamos. Isso é coisa que Deus também permite que seja assim!

Desculpa a sinceridade, mas mente que diz que "é Deus quem define os caminhos dos homens" ... , pois quem define o caminho de um homem, é o próprio homem, e Deus apenas permite que a própria escolha desse homem seja soberana. Pela sua infinita bondade, Deus nós permite plantar o que bem entendermos.

A única maneira possível de Deus passar a dirigir os caminhos de um homem é esse homem abrir mão do próprio controle, deliberadamente, e atribuí-lo a Deus, pedindo, convidando, para que Ele o assuma. Pela graça de sua misericórdia, Deus poderá, então, fazê-lo.

Deus nunca me obrigará andar por um caminho do bem e tão pouco tirará o meu pé do caminho que é mau, se eu mesmo procurar trilhar por ele. Se eu quiser, de fato, que Deus me dirija, eu deverei render-me a mim próprio, diante da soberania dEle e entregar-me, como incompetente inútil que sou, para dirigir a mim mesmo ser o controle dEle.

Por isso, eu nunca culparei a Deus, pelos erros que eu fiz, que eu faço e que vier a fazer com minha própria vida, enquanto eu mesmo não estiver absolutamente rendido e insistir, em fazer eu mesmo, o meu próprio caminho e as minhas próprias escolhas, independentes dEle. Pela sua infinita justiça, Deus nos faz colher o que nós mesmos plantamos.

Então se ligue, pois, pra existir história, tem que existir verdade. A vida de ninguém está predeterminada, de modo que tudo é possível e o amor de Deus continua extensível a qualquer um, basta desejar e acreditar. É a minha fé que me realiza, seja para o meu bem ou seja para meu mau.

Eis o que diz o Senhor meu Deus, para mim mesmo, nesta bela manhã de Domingo: "Eis que eu estou a porta e bato ... eu jamais arrombarei a tua porta."

Eu te abençoo! Ani Ma'amim, Hallelujah! Baruch Hashem Adonai!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mulheres Ucranianas - Ilusões e Desilusões - Parte II


Um paraíso do turismo sexual:

Cerca de vinte milhões de pessoas visitam a Ucrânia por ano. A capital Kiev é um destino popular. Infelizmente, uma das principais atrações turísticas é o sexo pago. Quem visita as grandes cidades dá Ucrânia atualmente fica com a impressão de que a prostituição lá é legalizada, devido ao grande número que pode ser observado de garotas de programa lindas, vestindo apenas minissaia, mini-blusas, maquiagem e saltos provocantes que vão às ruas e circulam livremente pelos hoteis, mas de fato ela não é. Por anos, a Ucrânia tem sido uma fonte de mulheres para o mercado do sexo na Europa e com as mudanças de regra de visto, a Ucrânia, além de exportar prostitutas, está atualmente importando clientes de garotas de programa.

O problema está muito mais grave agora com a crise econômica com desemprego 50% maior do que em anos anteriores. O ministro Yuriy Lutsenko recentemente declarou em rede nacional que o país está se tornando um paraíso para o turismo sexual.

Com a moeda desvalorizada e regime de fronteiras sem necessidade de visto para norte americanos e europeus desde 2005, os hotéis locais se transformaram em bordéis que facilitam seus hóspedes a encontrar as prostitutas. Em 2009, dois gerentes de hotéis de elite foram presos por exploração sexual.

Para quem pensa que não há maiores problemas com esta situação, um alerta: assim como em outros países, também na Ucrânia, e aparentemente até em um grau mais elevado do que a média das ocorrências mundo afora, exploração de menores freqüentemente anda de mãos dadas com a prostituição adulta.

Para Irina Konchenkova, presidente da ONG School of Equal Opportunities, 30% das prostitutas estão na faixa etária entre 11 a 17 anos. Além desse polêmico assunto, existe um outro mais sutil: ao invés de procurar diretamente uma prostituta, o turista vai para bares e locais de baladas seduzir garotas locais pagando bebidas e prometendo mundos e fundos, com a finalidade de a levar para a cama facilmente.

O impacto das tecnologias da informação no tráfico de sexo é objeto da pesquisa de Donna Hughes, em Pimps and Predators on the Internet, que conta como o colapso da União Soviética implicou em desemprego em massa de milhões de mulheres russas e ucranianas, que ganhavam metade do salário de homens.

Konchenkova comenta como na Ucrânia existem adolescentes que sonham com o estilo de vida de luxúria, e que ao mesmo tempo tiram notas baixas na escola. Para ela, é essencial que exista uma mudança dessa mentalidade sonhadora para que ocorra a potencialização necessária para prevenir a prostituição.

Em Entrevista, a Anna Hutsol, que é a líder da entidade FEMEN, um grupo que busca criar condições mais favoráveis para jovens mulheres se unirem a um grupo social com a idéia geral de suporte mútuo e responsabilidade social declara:

“Desde 2005, quando a Ucrânia passou a dar vistos gratuitos de entrada no país, o fluxo de turistas aumentou. E com eles, vieram também os turistas sexuais. A Ucrânia ficou com imagem de país de sexo fácil e repleto de prostitutas: primeiro, a Ucrânia é conhecida pelas suas belas mulheres. Segundo, é fato que 23% das prostitutas na Europa são ucranianas. A indústria do sexo usa técnicas de propaganda para ampliar esse efeito a seu favor. Pobreza, baixo índice de educação, aplicação inadequada da legislação e falta de apoio governamental para temas social, combinados com belas mulheres e cultura patriarcal. São todos fatores que podem transformar um país no paraíso do turismo sexual e prostituição.”


Em 2012, as mulheres ucranianas continuam com a sua forma inusitada de protesto, que consiste em, quase sempre, tirar a roupa. As ativistas ucranianas do grupo Femen enfrentaram o frio e tiraram a roupa em Moscou, na Rússia, onde os termômetros marcam -22ºC, mas a sensação térmica é de até -31ºC. Em frente à sede da russa Gazprom, acusada de monopólio no fornecimento de gás natural, elas protestam contra o preço do gás --há meses a Ucrânia negocia com a Rússia por um preço menor .




Fontes de referências:

More Ukrainian Women Seek Marriage Abroad Because Of the Crisis

Marriage and Divorce Statistics Going Down In Ukraine

“Belas, mas não prostitutas”: entrevista com Anna Hutsol sobre turismo sexual na Ucrânia

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Despertando o Amor de Uma Mulher!


Eu já não podia mais continuar enganando a mim mesmo, perpetuando me em ser ridículo. Aprender dói mas, é inevitável aos sobreviventes ... e eu sobrevivi e aprendi!

Todo homem pertence a Deus e, dessa forma, ele sempre terá uma ligação com Ele, gostemos nós homens ou não. Isso é inexorável e, em vão lutamos nós homens contra isso.

Todavia, mais feliz é o homem que larga a mão de ser tolo, em lutar contra aquilo que lhe é invencível e passa a dar o devido lugar ao seu Deus, no trono do seu coração.

Este se torna "homem verdadeiro", daquele que não se preocupa mais em mostrar-se como um "homem de sucesso", mas sim, daquele que age de um modo que o faz tornar-se um "homem de valor" para Deus.

Este homem evitará, de modo peculiar, a covardia de despertar o amor de uma mulher, sem que ele tenha a real intenção de amá-la, e há que se entender que ele assim o fará, não pelos méritos dela, nem mesmo pelos méritos dele mas, sim, pela graça da natureza da sua ligação com o seu Deus, que assim bem o requer dele.

Quando vem a hora de um amor entre homem e mulher acontecer, tal homem será, sim, fiel a esse amor e, não por outros motivos, mas pelo mesmo, pois isso é, também, coisa que só Deus pode fazer, a saber: um homem ser, continuamente, fiel em uma relação conjugal.

O homem verdadeiro é cônscio e sabe que, se for por por si só, pela sua própria sabedoria, ele falharia na sua fidelidade, ante os desvios provocativos que há no mundo, notórios e incontáveis como são as areias de uma praia, ao longo de sua vida.

Sobretudo, se de fato eu sou homem verdadeiro, eu não devo simular afeição, nem tão pouco transformar o amor numa brincadeira, pois, no meio de tanta aridez que ha no mundo, ele continua sendo perene como a relva. O amor conjugal é coisa de Deus, coisa que a sabedoria do mundo despreza, quanto mais progredimos na história humana.

A despeito de todo conhecimento científico incipiente e de toda filosofia humana deturpada, sem Deus, somos todos, homens e mulheres, gatunos e insipientes, meros animais que apesar de ter, não faz bom uso da razão, vivendo como que páginas descartáveis dos folhetins da vida.

Por isso, mulher, se você quer mesmo ser amada, e não apenas sentir-se usada em seus relacionamentos, desconfie do homem que diz: "Eu te amo mais que tudo!". Por que o homem que não puder amar a Deus acima de tudo, também não atingirá ser fiel em amor algum.

Além do mais, quando o homem verdadeiro é se vê confrontado com um "falso amor" pelo caminho da sua vida, ele não cairá nas ciladas bem camufladas dessas circunstâncias, como um "homem fraco" inevitavelmente, acaba por cair. E aquele que Deus faz sábio para com este assunto, sabe com que frequência isso se apresenta perante ele.

Antes, diante de um relacionamento amoroso falso, aonde, invariavelmente, tratamos como prioridade alguém que nos trata apenas como uma mera opção, o homem verdadeiro será rápido em desmascarar incoerências entre palavras e atitudes! Sem medo, dúvida ou culpa, saberá enxergar isso e responder com a devida pratica do desapego emocional afetivo sempre que for necessário.

Tal qual a maioria das mulheres néscias, que procuram o "homem gostosão" e e encontra  cafajeste - e não conhece o homem maduro, inteligente e verdadeiro, e perdem o tempo da sua formosura atras de relacionamentos vãos ...

Também os homens fracos, que não conhecem a Deus, procuram por sexo vulgar em quantidade e, não por qualidade nos seus relacionamentos e acaba entrando em ciclos recorrentes de relacionamentos com mulheres vadias. Perdem o tempo do seu vigor, quase sempre também os seus bens mais preciosos e tornasse permanentemente infeliz por isso, ainda que mantenham estampado em seus rostos um falso sorriso de sucesso, bem a moda do mundo.

"Vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois, como está escrito: "Os dois serão uma só carne". Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele." (1 Coríntios 6:16-17)

Tanto o homem, quanto a mulher, verdadeiros, que se tornaram sábios pela sabedoria que vem do alto, sabem que é tolice entrar em um relacionamento esperando "mudar o outro". Somente podemos mudar a nós mesmos, aos outros só podemos amar. Só o Espírito de Deus é que realmente pode muda o coração de um ser humano.

Se você conheceu um parceiro que é "problema", lembre-se que, nestes casos, muitas vezes, não ajudar já pode ser de grande ajuda para quem não quer ser ajudado, pois é ai que Deus pode começar a agir na vida dele.

Você pode até entrar em campanha com Deus e buscar que Deus mude o coração daquele seu parceiro mas, nada garante que Ele o fará apenas para te agradar, muito menos se você barganhar com Ele. Ele é Deus soberano e, no trato com Ele cada um tem o seu tempo e Deus está no controle de tudo, o tempo todo.

Eu procuro me lembrar, sempre, que eu não posso exigir o amor de ninguém e, que posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que Deus na minha vida faça o resto. O amor conjugal é um jogo perdido sem Deus.

"Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas.

As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam." (Cânticos 8:6-7)

O grande rei Salomão teve algo em torno 700 mulheres, entre esposas e concubinas mas, mesmo ele que dantes era o mais sábio dentre os homens, não conseguiu se satisfazer e ser feliz com isso. Por começar a desprezar o temor a Deus, Deus permitiu que o coração de Salomão viesse a se apaixonar verdadeiramente e passasse a amar uma única mulher como nunca amara a nenhuma outra. 

Todo o cenário transparecia de modo a fazer crer que a vida de Salomão caminhava, enfim, para a verdadeira felicidade. Todavia, porquanto Salomão havia permitido que seu reino começasse a se desviar da adoração verdadeira a Deus, justamente através das suas muitas mulheres, o Senhor por seu turno permitiu que aquele relacionamento tivesse um fim.

A belíssima, inteligente e bronzeada rainha de Sabá acabou por ir-se embora, de volta a sua terra e, sabe-se bem, que Salomão nunca mais foi satisfatoriamente feliz e, mesmo em seu último suspiro de vida, infelizmente, ele pode contemplar  a desgraça de que toda a glória que ele construíra, poderia vir a se perder ruinosamente, nas mãos de seu filho, um herdeiro que ele não soube educar, enquanto buscava por prazeres vãos.

Triste fim, mesmo para os grandes, quando deixam de amar e temer a Deus. Por fim, em seus provérbios, o próprio rei reconhece: "Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor." (Provérbios 18:22). Também no livro de Eclesiástico (Bíblia católica) entramos algo precioso à sabedoria:

"Feliz o homem que tem uma boa mulher, pois, se multiplicará o número dos seus anos. A mulher forte faz a alegria do seu marido, e derramará paz nos anos de sua vida.  É um bom quinhão uma mulher bondosa; no quinhão daqueles que temem a Deus, ela será dada a um homem pelas suas boas ações. Rico ou pobre, o seu marido tem o coração satisfeito, E seu rosto reflete alegria em todo o tempo."

As vezes as maldades cometidas dentro de um relacionamento já são tantas que o mal acaba por prevalecer e, por fim acabam sendo maldades reciprocas, não se vendo mais razão em ambas as partes. Fica patente que não há benção de Deus nisso.

Se for pra isso acabar ocorrendo, muito antes que isso ocorra, livre-se disso.  "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" (2 Coríntios 6:14)

Quando alguém que crê em Deus, se associa com alguém que não crê, invariavelmente, aquele que não crê tomará a crença do outro como demonstração de fraqueza e não de fortaleza. Assim, muito provavelmente, tenderá a tirar proveito da "suposta fraqueza" e, muito provavelmente, Deus permitirá que ela obtenha exito nisso, pelo seguinte motivo:

Nem era para o crente estar ali, naquele relacionamento que está mas, como está, infelizmente já negou o conselho de Deus ""Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis"). Então vem a potestade do mal, o inimigo da alma do crente que não perderá a oportunidade e reivindica a provação do crente que, por justiça, Deus concede.

Não deveria estar ali, mas está, isso dá margem a queda do crente, de modo a fazer com que ele fique pensando que Deus não mais o ampara e não o ama de verdade. Se isso ocorre, diabo se alegra pois, logou êxito. Assim, entra-se naquela fase em que "maldades cometidas dentro de um relacionamento já são tantas que ninguém mais tem razão".

Se você é realmente vítima de grande injustiça em um relacionamento mas ainda não se casou e nem tem filhos, ore a Deus determinando que não existe mesmo nenhuma dívida de satisfação mais a ser dada, então vire as costas, saia e não olhe para traz, porque os que estão casados, principalmente os que têm filhos, hão que suportar isso como cruz.

Lembre-se que não existem danos irreparáveis aos que creem e Deus será contigo. “Quem quer sair de uma história, cala-se e vai embora. Porque as grandes dores são mudas. E decisões definitivas não se demoram em explicações.” (Marla Queiroz).

Se você não entendeu bem essa mensagem, continua voltando, que mais lhe será revelado!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O mau, o pecado e a salvação da parte de Deus.

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Com naturalidade. existe um sentido genérico do amor de Deus. Ele demonstra seu amor ao mundo, à humanidade, à sua criação, o tempo todo, porém, no que diz respeito a salvação, Ele demonstra também que, por questão de justiça, Ele não pode dá-la a quem se mantiver incontrito em pecado até o fim. Até que venha a perfeição, o fim de cada um de nós, seres humanos, é a sepultura e aqueles que descem a ela sem ter aceitado a graça da salvação, entristece grandemente o coração de Deus, pois é uma alma que se perde e Ele, por nos amar, deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

Deus odeia o pecado e tem o poder de por termo a ele a qualquer momento, quando Ele quiser, sim, mas por motivo de justiça, isso não poderá ser feito até que chegue o tempo que Ele mesmo designou, para que isso ocorra. Por isso, a nossa condição atual, é a de que, o pecado existe, é que, mesmo amando verdadeiramente ao pecador Ele não pode salvá-lo, sem que o próprio pecador assim o deseje.

Separar o pecado do pecador é fácil para Deus, porque Ele tudo pode, mas a condição estabelecida por Ele, por justiça, é a de que haja a opção do pecador para que assim seja. Devido a sua benignidade para conosco, ao longo da vida de qualquer ser humano, Deus colocará sempre, inúmeras ocasiões facilitadoras para isso, todavia, sempre, caberá a cada qual, a sua própria decisão de ser alcançado pela graça. Tais ocasiões são para nós, pontos de decisão, de nossa inteira responsabilidade, em que poderemos abraçar a sua salvação ou tropeçar.

Assim, acontece um fenômeno que pode parecer muito estranho, até fantástico mesmo, aos nossos olhos humanos: a de alguém poder passar pela vida cometendo apenas alguns “pequenos deslizes” e ter praticado um sem número de “belos atos de nobreza de espiritual”, mas, mesmo assim, terminar perdido, ao passo que, por outro lado, outro alguém passa já ter cometido “atos terríveis” mas, num dado momento, alcançou a graça da salvação, simplesmente por tê-la aceito.

Aquilo que coloquei entre parênteses no paragrafo anterior, são coisas que expressam o nosso julgamento humano e que, muito embora, tais questões só podem mesmo ser julgadas por Deus.

Obvio que estamos falando de uma aceitação verdadeira e com todas as implicações pois, tudo em Deus só pode ser verdadeiro, de modo que, aquele que aceitou, se rendeu e passou a entregar os seus passos e toda a sua esperança ao amor e a justiça de Deus. Já aquele que nos pareceu bondoso, mas que na verdade preservou o seu coração apenas para si próprio, não deu devida glória a Deus e mesmo parecendo ter amado ao próximo, não conheceu a Deus, por não amá-lo sobre todas as coisas. Portanto, não soube o que é ser salvo e já teve o seu galardão durante a sua vida.

É obvio, também, que aquele que é bondoso desde pequeno, mas que, além disso, reconhece o amor, a justiça e aceita a salvação da parte de Deus, desde a sua tenra idade, mesmo tendo nascido em imperfeição humana, como todos nós nascemos, este mais se aproxima daquilo que é perfeição para Deus e isso lhe é imputado por justiça e ele é, naturalmente, especialmente amado por Deus.

Já, aquele que desce a sepultura sem ter alcançado a graça da salvação, morre como que odiado por Deus, no sentido que o decepcionou-o completamente, por não ter aceitado a sua graça da salvação, não obstante as muitas oportunidades e ocasiões facilitadoras que Deus coloca ao longo de nossas vidas, para que reconheçamos nossa triste situação e o aceitemos como o nosso Senhor e Salvador. Deus espera que todo ser vivente com capacidade de discernimento escolha, por si próprio, ser salvo.

Assim, a salvação é uma via de mão dupla, na qual, por um lado, o resgate por “todos” já foi pago, e essa foi a parte devida por Deus à sua própria causa de justiça, todavia por outro lado, cabe a cada um de nós nos inserirmos, a nós mesmos, no grupo do “todos”. Este é o preço a ser pago, da nossa parte, e é bem simples, basta “desejar sinceramente” ser, e já o é. O mau alcançou a humanidade por que o ser humano deu crédito a ele, agora, pois, nós devemos algo da nossa parte, devemos dar crédito ao amor e a justiça de Deus, para desfazer todo poder do mau sobre nós.

Se o Espirito Santo de Deus irá me usar mais, ou irá me usar menos, após eu dizer “sim” à proposta de salvação de Deus, isso já é outra conversa, pois o Espírito age conforme aquilo o próprio Deus bem entender e Deus pode tudo, de modo que o Espirito de Deus, usa até mesmo o ímpio, o incontrito em pecado, até mesmo as bestas do campo, sempre, onde e como ele bem entende e deseja. O limite do agir de Deus reside tão somente na própria justiça dEle.

O fato é que, alguém que verdadeiramente aceitou a salvação da parte de Deus, de nodo natural, passa a se apartar do pecado e a se achegar ainda mais a Deus, de modo que a Deus, ninguém engana. Sua vida é transformada, que seja num repente, mas a atitude de achegar-se a Deus prosseguirá em ato contínuo, por toda a vida, pois é isso que significa perseverar até o fim. Ninguém que continua a viver neste mundo pode assegurar-se de ter a salvação garantida, pois o ser humano, vivendo neste mundo, é frequentemente pródigo em renegar as suas próprias conquistas e o mau sabendo disso, buscará, o tempo todo, fazê-lo cair.

O mau (o pecado) existe, simplesmente porque Deus considerou justa a petição que ele fez para sua própria existência. A maior vítima, aborrecida, pelo mau é o próprio Deus que passou a ter a sua soberania sobre toda a existência, questionada pelo mau, de modo que, todo ser humano que aceita a salvação, passa a ser um legitimador da soberania de Deus e todo aquele que não o é, infelizmente, corrobora com que ela seja indevida.

Essa é a questão central da necessidade da salvação para a humanidade. É o mau quem exige o direito de nos por a prova e, por justiça, a única maneira de aniquilá-lo é retirar-lhe todo o poder, por atribuí-lo a Deus. Todavia, existe um prazo para que isso seja feito. Para nós, humanos com capacidade de discernimento, o prazo é a duração da nossa própria vida individual e para Deus é o dia que Ele determinou, como sendo o dia em que Ele julgará o mau.

Deveras, o mau está condenado desde que ele surgiu, mas não espere que Deus irá eliminá-lo da humanidade até que chegue o dia determinado, e só Ele sabe quando será tal dia, mas cada ser humano é pleno senhor, para determinar o fim do poder do mau na sua própria vida, a partir do momento que se arrepende da sua própria condição humana pecaminosa e aceita ser salvo por Deus.

Todos nascemos em condição de pecado e a graça da salvação é extensível a todos, de modo que, infelizmente, mente quem diz, que há aqueles que Deus escolheu para amar e há aqueles que Deus escolheu para odiar. Qualquer um, que assim o desejar, pode ter aceso a salvação da parte de Deus, e isso, em si, já significa que Deus nos ama a todos que todos nascemos em pecado. O que, de fato, Deus odeia, é a vitória do pecado, a vitória do mau nas nossas vidas. O amor de Deus é mesmo, sempre, incondicional. O que Deus odeia, de fato, são as nossas atitudes, em dar suporte ao que é mau, mas Deus jamais odeia as nossas almas, jamais odeia ao próprio indivíduo humano vivente, sua criação. Deus odeia a nossa morte e o pecado que nos leva a ela.

Aquele que prega que Deus odeia o pecador, enquanto o pecador ainda é um ser humano vivente neste mundo, mente sobre o amor de Deus, e corre o risco de fazer tropeçar quem é pequeno, por desanimá-lo em desejar buscar a salvação da pate de Deus. Tristemente, este, sim, corrobora com o que é mau. Portanto, quem tem consciência de que é pecador, saiba, ainda, que enquanto houver vida, há esperança, todavia, saiba, também, que sua vida pode ser encerada a qualquer instante e que isso também entrou-nos por força do mau, porquanto fomos originalmente criados para viver eternamente.

A escolha de Deus pela nossa salvação já foi feita, para isso veio-nos dEle, Jesus, para atrair-nos a essa salvação. O plano foi posto em andamento e funcionou da forma como Jeová esperava: Jesus foi morto em perfeição humana e em perfeição humana ressuscitou. A partir do sacrifício e ressurreição resgatadora de Jesus, mais do que sempre, a salvação é algo individual para cada ser humano. É pela decisão da fé pessoal, de acreditar, de desejar e de perseverar até o fim, e que é acessível a todos e a qualquer um que deseje. Todo ser humano, só será legado ao que Deus odeia, se morrer sem aceitar isso, pois todo ser humano vivente é, verdadeiramente, amado de Deus. Sendo nós todos amados de Deus, aqueles que se permitem obter a salvação da parte dEle, ao fazê-lo reconhecem a sua soberania e passam ser eleitos para coisas ainda mais grandiosas.

Eu buscarei, sempre, dar uma chance a mim mesmo, uma chance que nada, nem ninguém, pode negar-me, a de procurar conhecer mais e mais ao meu Deus, pois a minha fé em Sua salvação, se desenvolve a partir do conhecimento e cada um de nós se encontra de pé, por um curto tempo limitado, pela misericórdia dEle, para essa finalidade maior. Qualquer um pode atingir isso e Deus sabe que podemos, caso contrário já nos teria eliminado, desde que conhecemos o mau.

Eu orarei, continuamente, ao Deus da minha salvação e não me permitirei cansar de esperar por resposta. Não me importa o quanto chegue a mim o gozo de eventuais escarnecedores, de qualquer espécie que seja, em me ver suplicando, gemendo e esperando. De certo, Deus ouve o justo, coisa que eu desejo muito para mim mesmo, mas sei, também, que não sou eu quem justifico a mim mesmo, então tenho fé que Ele ouvirá também o meu clamor de aflito, o meu espírito quebrantado e o meu coração contrito. Deus me ama e não há de me desprezar.

Essa é a minha parte no processo da minha salvação Deus - Humano, o meu coração esmigalhado, que eu, de boa, livre e espontânea vontade, entrego a Ele, àquele que é a parte Deus desse acordo, o cordeiro do sacrifício. Penso, sinceramente, que isso é sem complicações, tudo bastante simples, até.

Por isso, aquilo que eu tenho para mim, da parte do meu Deus, eu desejo também, de modo sincero, para cada um de vocês e um pouco mais ainda, para mim mesmo: graça e paz! Todavia, quem acreditar que eu esteja enganado, saiba que eu mantenho a minha mente aberta, para tudo aquilo que for correção, vinda da parte do Senhor!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Deus e a Escravidão Humana


A escravatura é um fenômeno humano que se dá desde os primórdios da humanidade, e que consiste na prática social em que um ser humano tem direitos de propriedade sobre outro, considerado escravo. Surgiu devido à necessidade social de hierarquizar as comunidades (mandantes e mandados). Para que uns pudessem gozar de certos privilégios, outros teriam que trabalhar arduamente e por vezes serem forçados a abdicar da sua liberdade, tudo isto em prole da organização e bem-estar da sociedade em que se inseriam.

Várias civilizações, algumas consideradas evoluídas para o respectivo período histórico, fizeram uso da escravatura e só após vários séculos sob o jugo desta prática, foi que tomaram consciência de que esta não era viável, nem moral, nem economicamente, abolindo-a legal e oficialmente.

Porém, é do conhecimento geral que a escravatura não se deu por finda com os decretos de lei proclamados, nem com as inúmeras manifestações a propósito. A escravidão é uma cicatriz na história da humanidade, uma violência ao mais fundamental direito da uma criatura humana e a liberdade, além de conduzir a uma ignorância desmedida toda uma sociedade. Este fenômeno persiste, até aos nossos dias, tomando por vezes rostos diferentes e camuflagens mais eficazes.

Com relação ao conceito de Deus sobre a escravatura, poderemos observar no transcorrer dessa dissertação que Ele odeia a escravidão, assim como odeia, também, outros costumes errados, comumente praticados por nós, seres humanos. A prática da escravidão é odiosa a Deus, assim como também é odiosa, por exemplo, o divórcio de casais, todavia, não obstante a vontade contraria de Deus, nós persistimos em praticar tais coisas, as quais sempre se revelam danosas a nós mesmos, de modo recorrente, por longos séculos de experiências mal sucedidas, até os dias de hoje, em vários cantos da terra.

A cerca do divórcio a Lei Mosaica deu instruções específicas de procedimentos, o que motiva algumas criaturas humanas, as quais são movidas por suas genuínas inimizades com Deus, a fazer uso de tal fato para, astutamente, acusá-lo de ser apoiador do divórcio. O novo testamento relata que houve ocasião em que os fariseus tentaram o Senhor Jesus com esse assunto, de modo que até mesmo alguns dos seus próprios seguidores mais leais, caíam nos ardis desse engano. Isso se encontra na narrativa do livro de Mateus 19, onde eu ressalto os versos de 7-10:

“Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.
Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.”

Reparem bem, que é como eu disse, até os próprios discípulos de Jesus, se sentiam tentados por tais dúvidas, lançadas por aqueles que semeavam, na época, uma ignorância desprezível, pela Palavra de Deus e, assim como o povo já haviam feito antes, em outras ocasiões, mais uma vez, eles murmuraram contra o arranjo de Deus, dizendo: “Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.”

Deus nunca desejou que os casais humanos se divorciassem e isso fica claro pois “ … ao princípio não foi assim!”, mas o divórcio entrou no seio da humanidade por nossa própria culpa e responsabilidade, sendo, de fato, mais uma rebeldia nossa, desde a tenra idade da humanidade, contra o arranjo de Deus para os casais humanos. Jeová já havia orientado antes “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.", no livro de Gênesis 2:24, todavia, infelizmente, o divórcio se tornou prática costumeira entre os humanos, e perdura até os nossos dias, por que crêem os humanos, não convir ficar sem isso.

Mas Jeová, que é o Deus do amor, não se fez de rogado e usou aquele momento mais delicado do êxodo do povo Hebreu para disciplinar o comportamento de todos nós sobre tal questão, “por causa da dureza de nossos corações”. Se queremos nos divorciar, que vivamos, então, sob a pena de leis e não sob a sua graça. Todavia, a graça era da vontade de Deus, mas dessa graça nos afastamos por rebeldia, ficando ela reservada, tão somente, como prêmio a fé obediente, que pouco se achava presente em meio a um povo que opta viver em divórcio e não considera a orientação monogâmica e heterossexual de Deus.

Já, no que diz respeito a escravidão, antes de tudo, eu mesmo devo adiantar que sou escravo do Senhor Deus. Todos os que o servem, por mais que seja de livre e espontânea vontade, compreendem que são comigo, co escravos do mestre Jesus. De fato, todos os malefícios que entraram e ainda entram no desenrolar da história de sobrevivência da humanidade, são derivados da grande dificuldade apresentada por essas racionais criaturas de Deus, em compreender ou aceitar o direito a soberania do todo-poderoso criador.

Sou, sim, escravo, entretanto, o sou com deleite, pois o jugo do meu Senhor é leve e em nada me explora, antes, me sobre ergue, me refrigera, me protege e me acalanta. Eu não me sinto de forma alguma, como que sendo explorado por Deus, em coisa alguma e, não obstante a minha natureza pecaminosa, como a de um ser humano qualquer, eu não consigo compartilhar dessa dificuldade, em aceitar a condução soberana dEle, sobre a minha vida, antes, porém, me sinto honrado por tal soberania.

O senhor Jesus disse, no livro de Mateus 11:28-30 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve." Este é o verdadeiro convite de Deus para que, todos nós, nos tornemos seus escravos.

Eu não sou o único a me alegrar em aceitar tal convite para ser um escravo assim, fiel e discreto. O Apostolo Paulo escreveu em I CO 9:27 “mas, surro o meu corpo e o conduzo como escravo, para que, depois de ter pregado a outros, eu mesmo não venha a ser de algum modo reprovado.”, de modo que, ser escravo de Deus, é, antes de tudo, eu mesmo estabelecer o meu autodomínio, exercendo a sábia opção, daquilo que me convém, que é o de moldar-me ao exemplo de Jesus. Diferentemente de outros tipos de senhorios que eu conheço, o meu Senhor não é exigente, ao contrário, antes, ele se põe a porta e, educadamente, bate, cabe a mim decidir abri-la ou não, mas o sim se torna em um banquete preparado para mim. Quer servidão melhor que essa?

Quem se faz inimigo da moldagem de caráter proposta pelo Senhor do universo, acaba, no contra fluxo natural, sendo moldado como escravo tão somente para os sistemas de domínio das nações e das sociedades, e das falhas instituições humanas, ou seja, quem rejeita a sujeição a Deus se torna, irremediavelmente, escravo de outros homens e escravos do mundo. Acaba sendo moldado pela força e pela lei, antes que pela graça e pelo amor. Eu também estou sujeito a lei, mas essa de modo algum me aborrece, pois estou moldado àquilo que pode, mais do que a lei. Pela graça desse Deus, mesmo os mais duros juízes da terra, em sua maioria, de um modo ou de outro, o reconhecem e o temem, mesmo que tal juiz seja um homem que opte por não ter parte com Ele.

Alguns dos ativistas da inimizade pela Palavra, nos tempos atuais, tem usado atentar para o texto do livro de Levítico 25:44-46, que diz “Quanto a teu escravo ou tua escrava que se tornam teus dentre as nações que há em volta de vós, delas podeis comprar um escravo ou uma escrava. E também dos filhos dos colonos que residem convosco como forasteiros podeis comprar deles e das suas famílias que estão convosco, que lhes nasceram na vossa terra; e eles têm de tornar-se vossa propriedade.” Eles assim o fazem, para mais uma vez, do mesmo modo como fizeram os fariseus do tempo de Jesus, acusar Jeová Deus de ser apoiador da escravidão e da exploração do homem sobre o homem. Desesperados com o fato de não conseguirem simplesmente negá-lo como existente, alguns ateus e agnósticos buscam imputar-lhe injustiça, assim como fez, no início, o primeiro rebelde. Mas ora, assim como Deus procurou disciplinar as exceções e a falta de autodomínio dos seres humanos em outras questões, as quais também os próprios homens inventaram, como o mencionado divórcio, por que ele não procuraria, também, disciplinar a ambiciosa humanidade na sua mania egocêntrica de explorar e de manipular o seu semelhante mediante a prática da escravidão?

Sobre um antigo povo que viveu na região denominada Mesopotâmia, os Amoritas (ou Amorreus, 2000 a.C.-1750 a.C.), a Wikipédia diz o seguinte: “Pode-se dizer que as leis destes governantes se baseavam no princípio do olho por olho, dente por dente. Apresenta, ainda, uma série de penas para delitos domésticos, comerciais, ligados à propriedade, à herança, à escravidão e a falsas acusações, sempre baseadas na Lei de Talião ("Olho por olho, dente por dente"). Já sobre os Sumérios e Acadianos que viveram, antes dos Amoritas, naquela mesma região (antes de 2000 a.C.), a mesma fonte diz o seguinte: “Entre os sumerianos havia a escravidão, porém o número de escravos era relativamente pequeno.” Sobre o código de Hamurabi, criado pelos Amorreus (em 1700 a.C. A Wikipédia diz “Suas principais características são: … , divisão da sociedade em classes (os homens livres, os escravos e um grupo intermediário pouco conhecido – os mushkhinum) e … ”.

Assim, a disciplina sobre a prática humana da escravidão, que o Senhor apresentou naquele texto do livro de Levítico mencionado acima, ocorreu, de fato, vários séculos depois que, algumas das sociedades humanas da época, já vinham buscando regulamentar por si próprias. Encontrar um entendimento a lógica da motivação divina para o disciplinamento em questão, é muito simples a quem não é falto de raciocínio: se as sociedades humanas haviam pervertido o coração do próprio homem, para que esse passasse à prática do escravagismo, então, que aquele que era o povo escolhido, no mínimo, o fosse, mas segundo o coração de Deus, a saber: com especial amor e justiça, até que o mover do Espírito viesse a completar uma obra de reconversão, tornando a escravatura humana uma verdadeira abominação ao coração do homem, assim como sempre o foi ao coração de Deus. Além do mais, por dezenas de décadas o próprio povo Hebreu havia vivido como escravo nas terras do Egito e quando o Senhor falou ao povo, ele se aproveitou de um momento em que o coração do povo ainda não havia esquecido aquela tão amarga experiência.

Jeová sabia que, para que os Hebreus se realizassem como nação, assim como era da vontade soberana dEle e como ele prometera a Abraão, o povo Hebreu estava fadado a se lançar, em breve, em uma sequência de guerras de conquistas, arte que também é uma invenção humana. Umas das principais vítimas das conquistas dos Hebreus, viriam a ser os próprios Amorreus, o povo escravagista do “olho por olho dente por dente” e, Ele quis criar no coração dos Hebreus um sentimento de freio, de comedimento, pois eles fatalmente fariam muitos escravos nas conquistas que realizariam. Além do mais, Jeová sabia que a guerra faria seus corações também endurecer, mesmo que a bem pouco tempo, eles mesmos tinham sido libertos da escravidão , pelo poder sobrenatural de Deus, das mão do Faraó do Egito;

Jeová disse, em Êxodo 3:8 “e desci para o livrar da mão dos egípcios, e para o fazer subir daquela terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel; para o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu.”

A primeira aparição da palavra escravidão, na Bíblia, é justamente quando Jeová vem dar ciência ao seu obediente escravo e amigo Abraão (que ainda era Abrão), sobre as futuras ocorrências quanto a sua descendência, em Ge 15:13,14 lemos: “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens.” Repare o conceito de Deus ao dizer “... reduzida a escravidão”: ser vítima de escravatura humana é reduzir-se. Não obstante, Jeová trocou o nome de Abrão (para Abraão), que é uma marca típica de um Senhor sobre o seu escravo, mas uma escravidão para a vida em abastância, para o prestígio e para a vitória, como foi a vida de Abraão, pois ele creu em seu Senhor e isso lhe foi imputado como justiça. Por que não desejaria eu ser escravo sobre tais circunstâncias também?

De fato, mesmo antes de escravizar os Hebreus, os Egípcios já eram, também, escravagistas. A civilização Egípcia foi das primeiras grandes civilizações a optar por este tipo de mão de obra. Várias levas de escravos foram utilizados na construção dos sistemas de conjuntos de pirâmides que “imortalizaram” os seus faraós. Contudo, ao contrário de alguns impérios que a sucederam, os escravos eram bem nutridos e tratados, pois era necessário estarem em boa forma física para efetuarem aquele tipo de trabalho. A Wikipédia menciona “Escravos: cativos ou condenados da justiça, trabalhavam em atividades domésticas, públicas ou religiosas. Gozavam de direitos civis e aprendiam a escrita egípcia.

De fato, o Hebreu José, descendente de Abraão, foi por seus próprios irmãos, vendido a mercadores de escravos que o conduziram ao Egito, onde devido ao seu caráter moldado como escravo de Deus, prosperou. Falsamente acusado por uma mulher traiçoeira, foi preso e condenado pela justiça, mas o seu caráter moldado, novamente o fez prosperar e chegar a ser o segundo homem mais importante de todo império. Antes de morrer, pela vontade do Espírito de Deus, José havia perdoado plenamente seus irmãos, não obstante, naquela mesma ocasião futura narrada no livro de levítico em Jeová disciplinava, não pela graça, mas pela lei, irmãos que vendessem irmãos como escravos passaram passiveis de serem condenados a morte (ver Deut. 24:7).

Aqueles que odeiam a palavra de Deus, odeiam também o que faço agora: que é escrever em defesa de sua legítima soberania e senhoria. Eles não toleram entender como alguém possa fazer questão de se manter como escravo e ainda assim defender isso, com denodo e perspicácia. Eles se esquecem que não foi esse Deus quem inventou a escravatura, na forma como nós humanos a praticamos. Forma humana da pratica da escravatura é sempre desumana, cruel e exploratória, diametralmente oposta a forma de Deus amar e fazer prosperar aqueles que, por desejo, a Ele se fazem escravos. Deus orienta os homens ao equilíbrio, a moderação e ao comedimento, sempre, no mesmo capítulo de levítico usado como base de acusação contra Deus, os versículos imediatamente anteriores, nos dizem:

“Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos dar a terra de Canaã, para ser o vosso Deus. Também, se teu irmão empobrecer ao teu lado e vender-se a ti, não o farás servir como escravo. Como jornaleiro, como peregrino estará ele contigo; até o ano do jubileu te servirá; então sairá do teu serviço, e com ele seus filhos, e tornará à sua família, à possessão de seus pais. Porque são meus servos, que tirei da terra do Egito; não serão vendidos como escravos. Não dominarás sobre ele com rigor, mas temerás o teu Deus.”

Um versículo bíblico que resume bem a consideração de Deus para com a forma humana de escravatura, é o que encontramos em Ecl. 8:9: “Tudo isto vi quando apliquei o meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” A forma humana de escravidão, do ponto de vista de Jeová, é uma desgraça, tanto para o escravizado, quanto para o escravagista, ela reduz nos a um ponto muito aquém daqueles do propósito da nossa criação. Todavia, existe algo de bom, em os humanos inimigos de Deus persistirem em manter aceso esse assunto, em seu afã de acusar o Senhor: é que de fato, a escravatura continua ainda viva, em nuances surpreendentemente disfarçados. Se não nos atentamos a essas coisas, somos induzidos, sem perceber, a tal escravidão disfarçada e sucumbimos da nossa excelente condição humana de homens libertos e resgatados ao preço do sangue inocente de Jesus.

Os primeiros cristãos eram, em sua maioria, pessoas de pouca influência, muitas vezes escravos. Eles não tinham liberdade para pregar o evangelho dentro da intolerância religiosa que reinava nas terras e nações dominadas pelo império romano. O crescimento inicial do cristianismo se deu principalmente pelo "testemunho informal". É verdade que os registros antigos mencionam, com frequência, o zelo e coragem dos primeiros cristãos ao testemunharem a sua fé, todavia o império romano não permitia que grupos de cristãos ficassem visitando persistentemente as casas de cidadãos romanos, tentando convertê-los ao monoteísmo e incentivá-los a deixar a adoração dos "deuses". Uma atividade assim certamente chamaria a atenção das autoridades e a repressão vivia como certa. Assim o cristianismo crescia entre os pobres, deserdados e escravos, principalmente, para depois, aos poucos, ir emergindo na conquista dos senhores dos escravos.

Mesmo com alguns ricos tendo se convertido ao cristianismo, o cristianismo cresceu especialmente dentro da humilde classe escravista e proletária, como mencionam os autores a seguir:

"O problema das fontes do cristianismo distingue-se pela sua extrema complexidade. A cristandade surgiu no seguimento das relações políticas e sociais existentes sob o regime escravista." – A Origem do Cristianismo, de Iakov Lentsman, edição de 1985, editora Caminho, Portugal, p. 33.

"O filósofo grego Celso escarnece da nova religião porque seu fundador teve como mãe uma trabalhadora e como primeiros missionários alguns pescadores da Galileia. Pela mesma época, os pagãos zombam das comunidades cristãs porque [são] formadas principalmente por pessoas de condição humilde. O Evangelho, ironizam eles, exerce sua sedução somente sobre 'os simples, os humildes, os escravos, as mulheres e as crianças". Taciano traça o retrato do cristão de seu tempo: ele foge do poder e da riqueza e é, antes de tudo, 'pobre e sem exigências'. " – A Vida Cotidiana dos Primeiros Cristãos (95-197), editora Paulus, 1997, de A. G. Hamman, p.41.

Os escritores da Antiguidade não mencionaram uma sistemática pregação dos primeiros cristãos fora dos próprios recintos em que eles habitavam, porque ela simplesmente nunca existiu (obviamente excetuando-se os atos missionários de alguns dos apóstolos e de outros poucos coordenados por estes). Um dos motivos é porque os cristãos do início eram, em sua maior parte, ou escravos, ou desvalidos, ou ambos, não tendo a liberdade necessária para pregarem periodicamente e em público. E não somente devido à sua condição social, mas também por causa do rígido sistema de governo romano, que dificilmente permitiria essa atividade. Assim, traduzidos para termos tupiniquins, o cristianismo original se desenvolveu, essencialmente, como uma “religião de senzala” e, salvo raras exceções apostólicas, não era preciso que os primeiros cristãos se expusessem em demasia, pois o próprio Espírito de Deus se encarregava de apontar os caminhos e lhes supria da necessária mobilidade, a quem era merecedor de fazer a obra ou de receber a graça.

Não obstante, foi e tem sido, pelo exclusivo poder de Jeová Deus, que a videira jamais deixou, de modo algum, de multiplicar em número, continuamente, os ramos a ela ligados, e os ramos, ligados a videira, sem a qual, em verdade, nada poderiam fazer, de multiplicar a produção dos frutos, unicamente para ornamento de glória da própria videira, como é da vontade e do agrado do dono da vinha.

O apóstolo Paulo, escravo do Senhor Jesus, completa e arremata a questão: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai!”

Paz e serenidade a todos!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A SÍNTESE DA (MINHA) FÉ

Eu sou um cristão que nunca teve medo ou receio, de modo algum, quanto as ciências naturais ou exatas. Muito pelo contrário, eu as estudo, com prazer, e as admiro, com denodo, considerando-as como um legítimo presente divino para a humanidade.

Eu acredito que o poder da ação sobrenatural do meu Deus, aquilo que costumamos denominar milagre, continua ativo nos dias de hoje, assim como ele esteve ativo no passado bíblico e continuará ativo por tempo indefinido, como força causadora de movimentos, sejam estes considerados pequenos ou grandes, na minha vida.

Deus movimenta a minha vida de várias maneiras, compreensíveis e incompreensíveis por mim. Alguns desses moveres são de fácil aceitação, outros nem tanto. Eu continuo aprendendo sobre a vontade soberana dEle e, "pelo andar da carruagem", creio que eu seja mesmo, um eterno aprendiz da verdade.

Não é raro ocorrer de eu mudar de opinião sobre fatos ocorridos em minha própria vida, e passar a considerar acontecimento que me pareceram, a princípio, ruins, como bons, enfim, sob uma nova perspectivas, uma nova ótica apendida, e vice versa.

Eu vivo só por hoje! Continuo, a cada dia, vivendo uma vida limitada, e vivo tão somente pela Sua graça e pela Sua misericórdia, que são infinitas e duram para sempre.

Esse é o verdadeiro poder do amor!

Ele é o principio e o fim da minha existência, o Alfa e o Ômega: coisa fácil de falar mas difícil de entender, porque vivermos numa dimensão física, onde, tanto zero quanto o infinito, absolutos, inexistem, e portanto nos parecem absurdos.

Todavia, eu não sou nada diante de tanto poder, pois o Senhor, de mim, não depende em absolutamente nada. A matemática ajuda a comprovar esse fenômeno pela expressão: ∞ - 1 = ∞ , onde o ∞ (infinito) é o Deus e o 1 sou eu. Mesmo sendo um, eu sou insignificante diante de Deus.

Todavia, debaixo da Sua graça e do Seu amor eu tudo posso, eu tudo creio, eu tudo suporto, pois um com Deus é maioria: 1+ ∞ = ∞ Me unindo a Deus de modo integral, eu me torno invencível.

Eu vejo como um paradoxo alguém crer no infinito do universo, o qual, por ser físico, um dia, poderá vir ser observado e medido, e não acreditar no infinito de Deus, que jamais poderá ser observado para medição. Pois eu posso te garantir, com zero absoluto de medo ou de vergonha: O universo é, sempre foi e será finito, diante de Deus.

Ao contrário do que muitos acreditam, eu não devo esperar o meu corpo morrer e eu deixar o mundo físico para me unir a Deus de modo integral, até por que, se eu morrer em meu estado de imperfeição, minha alma falece e eu nada mais poderei fazer, pois é assim a morte, condição sob a qual eu estou submetido.

Nós nos encontramos, gostemos ou não, inseridos no mundo espiritual, já, agora, mesmo sendo nós, ainda carnais.

Portanto, para o meu próprio bem e segurança, eu devo me unir integralmente a Deus já, operar o 1+ ∞ = ∞ e me tornar invencível (mais que um vencedor), agora mesmo.

É isso o que o Senhor requer como prova de que eu mesmo, como individuo, entrei e permaneço em "recuperação" da rebeldia insana e inata de toda a raça humana, a qual eu e você pertencemos.

De todos os milagres de Deus, eu creio, que o maior deles, foi o dele ter preparado o Senhor Jesus, não tão somente para morrer (a história humana é cheia de mártires), mas especialmente para, após morrer, ressuscitar e viver para sempre, tendo recebido das mão do Pai Todo Poder.

Ao contrário do que muitos acreditam, não foi, de modo direto, "para nos salvar" que o Senhor Jesus morreu, mas, sim, para, após morrer, em forma natural humana, e em perfeição de união integral com Deus, ressuscitar e receber todo poder.

O que pode nos salvar, de fato, é CRERMOS nisso. A salvação é uma questão de FÉ. Não conseguir atingir isso é continuar na rebeldia insana que assola a humanidade, é não obedecer ao requisito mais básico de Deus para conosco.

Nós, particularmente, não somos culpados por termos nascido sob condição a rebeldia e sob o jugo da morte, mas somos responsáveis, cada qual por si próprio, por permanecer nesse estado.
Isso ai é uma coisa da verdadeira dimensão espiritual, aquela que de fato vive e reina em todo o universo. Isso é só para quem crê! Glórias a Deus, aleluia!
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Este trabalho de André Luis Lenz, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
 
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